Vereador de Riacho dos Cavalos investigado pela PF por envolvimento em contrabando está foragido

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Um vereador do município de Riacho dos Cavalos, na Paraíba, atuava na região Nordeste como “braço da quadrilha” de contrabandistas de cigarro desarticulada pela Operação Trunk, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (31). Ele era encarregado de receber as cargas e depois fazer a distribuição do produto. A informação é da Superintendência de Polícia Federal do Mato Grosso do Sul, que cumpriu mandados também na cidade paraibana de São Bento. O vereador, no entanto, não é de São Bento, disse a PF ao Portal ClickPB.

Durante as investigações, foi descoberta a participação de dois policiais rodoviários federais no esquema. Eles eram encarregados de facilitarem a passagem dos caminhões carregados com cigarro contrabandeado pelas rodovias federais. Outros três integrantes do grupo, entre eles o vereador da Paraíba, não foram localizados e são considerados foragidos. Os outros dois foragidos são batedores do grupo, que eram encarregados, conforme o superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Cléo Mazzotti, da cooptação de outros batedores e também de transportadores de cargas para o esquema.

Na ação desta quarta-feira, foram expedidos 15 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva pela Justiça Federal para Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Rio Brilhante, em Mato Grosso do Sul; Embu-Guaçú, em São Paulo e São Bento, na Paraíba. A quadrilha de contrabandistas de cigarro desarticulada na operação Trunk das policiais Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), utilizava caminhões baú carregados com mudanças para entrar com o produto ilegal no país, por Mato Grosso do Sul, e depois levá-lo para São Paulo, de onde era distribuído também para o nordeste do país.

O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Cléo Mazzotti, explicou que a investigação para desarticular o grupo começou há cerca de um ano e que nesse período foram feitas 19 grandes apreensões de cigarro contrabandeado pelo grupo, com 26 prisões de envolvidos. O superintendente da PF afirmou que um dos dois PRFs que foram presos suspeitos de participação no esquema arrendava um motel em Ponta Porã, onde foi cumprido um mandado de busca e apreensão. Esse suspeito foi preso na casa dele em Dourados. Já o outro policial rodoviário federal foi preso em Rio Brilhante.

Em Ponta Porã também foi preso um dos chefes do grupo criminoso e sua esposa, que era encarregada da contabilidade, e o outro chefe, em Embu-Guaçú, totalizando cinco prisões. Armas e veículos de luxo também foram apreendidos, assim como diversos aparelhos de celulares simples que o grupo utilizava para comunicação entre eles. Os telefones eram conhecidos como ‘bombinhas’. O superintendente comenta que somente com os 19 carregamentos apreendidos ao longo das investigações sobre o grupo, a movimentação financeira que a quadrilha teria seria de aproximadamente R$ 70 milhões.

“Essa é uma estimativa conservadora, em cima do que foi apreendido. Até porque a organização não começou a contrabandear quando as investigações começaram, já vinha de antes e também não pegamos todas as cargas”, comentou o superintendente, apontando que a quadrilha era muito organizada. “Foi uma quebra de uma organização de alto nível no estado e a quebra de uma estrutura logística para outras organizações também”, disse.

Fonte: ClickPB