Pai salva filho que se engasgou com pirulito, no Sertão

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Um cabo da Polícia Militar de Cajazeiras, conseguiu salvar o filho após receber instruções por telefone de um integrante do Corpo de Bombeiros da cidade. O caso aconteceu na tarde da terça-feira (10), quando o cabo Mannix Moura percebeu que o filho, Miguel Davy, de 8 anos, estava engasgado. Veja abaixo instruções da manobra de Heimlich repassadas pelo bombeiro ao PM.

De acordo com o relato do cabo Mannix ao bombeiro, o filho estava deitado na cama quando ele escutou o menino tentando chamar por ele, mas não conseguia. “Ele estava deitado e com alguma coisa na boca. Ele já estava sem conseguir respirar, ficando roxo, foi então que percebi que ele estava engasgado”, contou o pai de Miguel.

O cabo disse que, no momento em que percebeu que o filho estava engasgado, não pensou duas vezes e resolveu ligar para o Corpo de Bombeiros, através do 193. “Eu liguei pros bombeiros e aí com as primeiras instruções que me passaram eu consegui fazer com que meu filho colocasse o que estava na boca dele pra fora e foi aí que percebi que era um pirulito, mas graças a Deus deu tudo certo”.

Criança se engasgou com um pirulito

Quem atendeu o cabo Mannix Moura foi o cabo Segundo, do 5º Batalhão de Bombeiros Militar de Cajazeiras. O bombeiro informou que era por volta das 14h30 quando atendeu a ligação do pai de Miguel Davy, relatando que o filho estava engasgado com algum objeto.

“O cabo Mannix ligou pro 193, mas ele não sabia dizer com o que o filho estava engasgado e disse que o menino já tava ficando roxo. Depois de tudo, ele percebeu que o filho estava com um pirulito e aquele palitinho de plástico soltou, ficando só a bola do pirulito na boca da criança, que estava deitada. O menino tentou avisar o pai, mas não conseguia porque tava engasgado”, explicou o cabo Segundo, do 5º BBM.

Menino foi salvo com manobra de Heimlich

Conforme o cabo Segundo, ao atender a ligação do cabo Mannix e entender a situação, ele passou para o pai do menino as instruções da manobra de Heimlich. “Nesse casos, o primeiro procedimento é fazer a manobra de Heimlich, que consiste em ajudar a vítima a tirar o objeto que está entalado nas vias aéreas”, destacou.

O bombeiro contou que foi relatando ao pai da criança cada movimento que ele deveria fazer para ajudar o menino. “Eu pedi pra que o pai abraçasse a criança por trás. Depois disso, pedi pra ele fechar o punho direito e abrir a mão esquerda. E aí pedi pro pai, com a mão esquerda espalmada, empurrar a mão direita, que estava fechada. Isso tudo junto à barriga da criança, na região abdominal, do umbigo pra cima. Então com as duas mãos na barriga do menino, pedi pro pai fazer o movimento de empurrar pra dentro e pra cima, que resultou na saído do pirulito da boca da criança”, detalhou.

O bombeiro explicou que, no momento em que o pai da criança ligou, uma equipe dos Bombeiros já foi acionada para ir até a casa da família. “No momento que ele ligou, eu já peguei o endereço dele e, enquanto eu falava com ele por telefone, uma equipe de bombeiros já estava indo pra lá em uma ambulância, pra fazer todos os procedimentos no local também, caso precisasse”.

De acordo com o cabo Segundo, casos como esse acontecem diariamente. “Casos assim acontecem muito e, principalmente com crianças, em casa, restaurantes, escolas, então a manobra de Heimlich é um procedimento simples, que pode salvar vida, mas que muita gente ainda não sabe como fazer”, salientou.

O cabo Segundo disse ainda que se o pai não tivesse ligado para os Bombeiros talvez a criança não teria resistido. “Se tivesse demorado, a criança ia entrar em parada cardiorrespiratória. Mas graças a Deus ele ligou e conseguiu fazer as instruções direitinho, e quando a ambulância dos bombeiros chegou lá o menino já tava respirando consciente e orientado”, pontuou.

O bombeiro explicou ao G1 que a manobra de Heimlich é o melhor método para situações como a do filho do cabo Mannix. Conforme o cabo Segundo, o procedimento pré-hospitalar ajuda na desobstrução das vias aéreas superiores por um corpo estranho. A manobra, descrita pelo médico Henry Heimlich em 1974, induz uma tosse artificial, que vai expelir o objeto da traqueia da vítima.

Fonte: G1 PB